Lua que apascenta a minha alma
Flores que não floreiam a minha bruma
Desejo louco não conquistado
E o sol que não vejo é de pluma.
Tarde que envaidece a minha vaidade
Pobres pedras e pétalas
Nuvens uivam lágrimas cinzentas de sofrimento
Mar doce no acalento
de minha alma apascentada.
O dia clareia a minha mente
A noite escurece o meu sonho
A brisa do mar me sufoca em sua frente
E o seu cheiro não é mais do mesmo dono.
Marcelo Moreira Marques
Parabéns poeta Marcelo, mas que é o amor tantas vezes cantado e falado? Talvez existam vários amores, cada um do seu jeito. O amor de mãe, o amor de pai, o amor de filho, o amor sem alvo, o amor sexual. Seria o amor uma invenção humana, como Deus? Um mero eufemismo linguístico para expressar reações químicas e físicas de quem vive e deseja se copiar eternamente? Um sentimento sem palavras? Mas o que é o sentimento? Em todo caso, amar é estar vivo e louvar a própria vida. Amar é estar grávido de si mesmo. Amar é se transbordar. Como escreveu o poeta Sérgio Antunes: "Vou contar ao mar que te amo. A chuva vai contar, depois, pra todo mundo".
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